Sustentabilidade e IA são o futuro do data center, segundo empresas

A indústria, educação, saúde, finanças, entre outros, elevaram a demanda por agilidade e otimização – e exploram cada vez mais os recursos oferecidos por data centers. Mas esse aumento vertiginoso no uso dos centros de dados tem um alto custo para o meio ambiente. 

Uma pesquisa da Schneider Electric, e da consultoria de pesquisa de mercado Canalys, mostra que os parceiros de canal de TI estão investindo em estratégias de sustentabilidade, mas lutam para traduzir o investimento em ação e, por isso, não possuem uma resposta clara sobre como atingir tal objetivo. Os resultados da pesquisa mostraram que 61% das empresas são dedicadas à sustentabilidade, mas apenas um terço estabeleceu metas ESG.

Esse estudo revela que em todo o setor de TI há uma lacuna de ações de sustentabilidade. Estima-se que a tecnologia digital seja responsável por 1,4% a 5,9% das emissões globais, logo atrás do setor aéreo, com 2%. Além disso, resíduos significativos são gerados na construção dos data centers e durante seu funcionamento. Minimizar isso na cadeia de abastecimento e desviar os resíduos dos aterros por meio da reutilização e reciclagem é uma estratégia-chave para se tornar mais sustentável do ponto de vista ambiental.

“À medida que os data centers se tornam uma parte vital da infraestrutura, as operadoras de energia deverão considerar novas soluções para reduzir as emissões de carbono e o uso de energia desde a concepção e construção até a operação do projeto”, diz Shaheen Meeran, vice-presidente de Marketing e Gerenciamento de categorias de ofertas da Schneider Electric.

Grande aliada das empresas na busca por mais produtividade e eficiência, a automação também pode ajudar a tornar o mercado mais sustentável. Um exemplo é o Data Center Infrastructure Management (DCIM), que é um conjunto de sistemas composto de software e hardware específicos para gerir e manter toda a infraestrutura do centro de dados, tornando possível acessar remotamente tudo o que está acontecendo, em tempo real, monitorando tanto a estrutura física como a de dados operacionais.

A implementação da robótica para automatizar processos empresariais também pode ajudar a reduzir a pegada de carbono e a complexidade das infraestruturas. “A robótica e a automação têm sido uma combinação vencedora para expandir a demanda em muitas indústrias. Os profissionais de tecnologia estão adotando cada vez mais essa abordagem, impulsionados pela necessidade de tornar suas infraestruturas de TI mais robustas e sustentáveis”, finaliza a executiva.