Dados são os ativos mais importantes em uma empresa, são a matéria-prima para a tomada de decisão, e é comum encontrar o termo empresas data-driven ou orientada a dados. Essas organizações tem como premissa fornecer aos seus colaboradores, recursos aderentes para trabalhar com dados confiáveis.
Mike David (2019) cita um estudo do Gartner ao afirmar que o custo médio da baixa qualidade dos dados nas empresas sejam entre US $ 9,7 a US $ 14,2 milhões anualmente, e em nível macro, são gastos mais de US $ 3 trilhões por ano somente nos EUA.
Dados ruins são caros e oneram os negócios, e, imagine o custo de manter e tratar efetivamente os dados e não ter pessoal capacitado para usar efetivamente os dados disponibilizados.
Garantir confiabilidade, acurácia e disponibilidade aos dados é um ponto primordial para gestão do ciclo de vida dos dados, porém, mais importante que ter dados confiáveis é saber trabalhar com os dados, por isso que o surgimento da habilitação em dados tem sido adotado por diversas organizações.
A habilitação em dados, traduzido do data enablement pode ser encontrado como alfabetização, capacitação, ativação de dados, ou ainda aptidão de dados, consiste num conceito relativamente novo para o mercado brasileiro – capacita um grupo maior de indivíduos dentro da empresa a compreender e usar todo o potencial dos seus dados, principalmente.
Para o propósito deste estudo, definimos a habilitação em dados como a prática de capacitar os colaboradores para trabalhar de forma eficiente com os dados e as ferramentas de maneira sustentável. (McCARTHY, 2019)
Um método fácil para pensar em habilitação em dados, é o conceito para dirigir um tipo de veículo que demanda uma permissão específica. Para cada tipo ou finalidade de dados é necessário um conjunto de habilidades específicas, por exemplo, dados do setor financeiro são diferentes que dados médicos e precisam de pessoas capacitadas para trabalhar com eles e agregar valor.
Do mesmo modo que existem dados para determinados fins, também existem níveis de habilitação como por exemplo, um executivo precisa de dados para com o cunho estratégico enquanto um colaborador operacional necessita de dados específicos para sua atividade.
Pode parecer óbvio, mas capacitar pessoas para que sejam mais precisas em suas atividades é uma necessidade, auxiliando numa linguagem comum para facilitar a compreensão de dados e ainda, estimula o crescimento contínuo, independente do nível do colaborador.
Ao construir um programa em torno da habilitação em dados, as empresas incentivam que os dados disponíveis sejam corretamente utilizados, no momento oportuno alinhado à estratégia de negócios.
Todavia, para este programa seja efetivo, é necessário que haja políticas de dados definidas, parcerias com áreas geradoras de dados, compartilhando a responsabilidade no gerenciamento, curadoria e qualidade de dados e metadados. Ainda, é desejável um catálogo de dados abrangente e pesquisável (atualizado em tempo real), que permita acesso e autoatendimento no uso de dados.
Conforme as pessoas adquirem mais conhecimento, há um maior interesse por dados, em suas aplicações e na resolução de problemas, estimulando a trabalhar melhor, inovar, e criar valor nos seus processos, gerando uma cultura de democratização de dados. Sendo certamente um importante aliado para empresas data driven.
Vivemos tempos em que a resiliência é essencial, tanto pessoas quanto empresas, habilita-se para trabalhar melhor com dados será um desafio num primeiro momento mas seus benefícios serão diferenciais.
Uma sugestão para habilitação em dados, para quem esteja ingressando na área: Por onde começo a minha carreira em ciência de dados ?: (parte 1) e Por onde começo a minha carreira em ciência de dados?: (parte 2).
Sugestões são bem vindas!!!
Fonte da imagem: https://cio.com.br/gestao/8-habilidades-indispensaveis-para-cientistas-de-dados/
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