Práticas ESG exercem influência no comércio exterior

A abrangência dos conceitos e definições que sustentam a sigla ESG é global, sendo eles os mesmos em qualquer país. Pensando nisso, há empresas atuantes no segmento do comércio exterior que buscam atender a tal agenda, por perceberem como uma necessidade a decisão de estar em alinhamento com os processos estabelecidos que visam minimizar impactos ao meio ambiente, estimular a preocupação com as pessoas e adotar boas práticas administrativas.

Tendo se destacado no mundo corporativo pela primeira vez no ano de 2004, a partir da divulgação do relatório “Who Cares Wins” elaborado Kofi Annan, ex-secretário-geral das Nações Unidas, em conjunto com instituições financeiras, a sigla ESG, vinda do inglês “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança, em português), é utilizada para se referir a questões que tratam de práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa.

No que tange especificamente ao aspecto da governança, existe o pensamento de que este é o item basilar para a execução dos demais, pois é sabido que ele é direcionado à abordagem das políticas de administração das organizações, pensando na conduta corporativa, composição do conselho, existência de um canal de denúncias, auditorias, práticas anticorrupção e pontos similares que tenham por objetivo o fortalecimento da cultura da empresa. 

Lucas Cury, diretor do Grupo Carajás, empresa de assessoria e mentoria em comércio exterior e cliente da organização Uno Soluções, especializada em ERP, percebe a aplicação de práticas ESG como uma tendência global. Verificando a influência exercida pelo emprego das medidas na comunicação com outros mercados, o profissional acredita que “uma empresa que busca a internacionalização tem que estar alinhada às novas exigências do mercado, e para auxiliar nesta etapa, é possível contar com um software de gestão ERP”.

Ao considerar a importância da governança, Cury a avalia como uma forma de preparar terreno para a próxima geração. Quanto às estratégias e ferramentas que podem ser acionadas para o alinhamento das empresas com as práticas, nesse quesito, “controles contábeis e financeiros transparentes e operações adequadas às regras cambiais e aduaneiras são o mínimo necessário para um mercado ético e estável, além de contar com um bom sistema para a gestão do controle de governança e financeiro”, assegura o profissional. 

O empresário pontua, ainda que, se tratando de controle financeiro, orçamentos e rastreabilidade de operações, as empresas devem estar respaldadas que todas as suas informações estão corretas e em dia com as exigências legais, o que pode ser facilitado através de um software de gestão como o ERP.

Corroborando com a fala de Lucas Cury, investimentos na área já são identificados: com relação à movimentação gerada pela governança corporativa, de acordo com o relatório “Risco, Governança Corporativa e Compliance”, da Fortune Business Insights, em 2020, foram mobilizados cerca de US$ 27 bilhões ao redor do mundo. Para 2028, foram feitas projeções de que esse valor chegará a US $75 bilhões.

Para se manter em acordo com o conceito ESG, o diretor do Grupo Carajás defende que “ter controles e meios que evitem o sub ou superfaturamento de mercadorias, transferências de divisas irregulares, bem como um registro contábil e financeiro adequado a transparência e ética são mandatórios”, e para, ao mesmo tempo, dirimir a prática da sonegação fiscal e baixa aderência a compliance, “manter um departamento específico para tal, atendendo as regras e normas de mercado e uma comunicação efetiva com toda empresa explicando os impactos que o “fazer errado” tem na operação devem ser regras de ouro”, afirma Lucas Cury.

Mais informações disponíveis em http://www.grupocarajas.com.br