Mais de 37% da geração Z troca buscadores por redes sociais

Um estudo realizado pela plataforma de pesquisa de softwares Capterra avaliou o comportamento dos usuários brasileiros no que tange às preferências de método de pesquisas no ambiente on-line. O levantamento buscou entender quais são as principais ferramentas de busca utilizadas, identificando que redes sociais e plataformas de compartilhamento de conteúdo, como Instagram, TikTok e YouTube, passaram a dividir espaço com sites criados especificamente para este propósito, como o Google. 

Com efeito, a pesquisa apontou que 37% dos membros da geração Z fizeram a transição de usar mais buscadores para usar mais redes sociais nas suas pesquisas online, enquanto os baby boomers foram os que menos fizeram essa troca (12%).

A pesquisa indica uma mudança de comportamento nos últimos anos, principalmente da geração Z, nascida depois de 1996, mostrando que as principais redes sociais usadas pelos participantes como buscadores de conteúdo on-line são YouTube, Instagram e Facebook. Entre as redes sociais, o YouTube é o campeão: 91% das pessoas que utilizam esse tipo de recurso para pesquisa online optam pela plataforma de vídeos. Já o Instagram detém 79% das preferências entre as redes sociais. 

Para a analista de conteúdo da Capterra, Marcela Gava, “o estudo mostra que, entre as gerações mais velhas (baby boomers e geração X), está o maior percentual dos que usam apenas motores de busca para pesquisar”, diz. “Isso pode ser consequência do fato que, em dado momento, só havia essa possibilidade de plataforma para se realizar pesquisas online, já que os surgimento dos buscadores se deu em meados dos anos 90.” 

Gava pondera que as gerações mais novas “passaram a utilizar a internet em um contexto mais heterogêneo”, podendo contar com diversas plataformas para suas necessidades, incluindo a pesquisa de conteúdo. “Além disso, pensando no contexto que se educaram digitalmente, pode ser mais fácil para eles se adaptarem às características de cada rede social ou buscador, levando-os a uma transição mais simples de uma plataforma a outra”, argumenta.  

A avaliação da analista de conteúdo da Capterra vai ao encontro da análise de David Pierce, colunista estadunidense da área de tecnologia, que, no final de 2022, relatou sua experiência ao comparar suas buscas no Google com as pesquisas no TikTok. 

Para ele, funcionalidades destas plataformas, como a rolagem e, no caso do Instagram, a variedade de formatos, como texto, vídeo e imagem, tem grande impacto nos usuários mais jovens, sendo a experiência tão ou mais importante do que os resultados da busca.

“As redes sociais têm capacidade de oferecer resultados personalizados, já que conseguem compreender atividades anteriores dos usuários e fazer indicações relevantes, além de oferecer diferentes tipos de resultados (imagem, texto, vídeos), criados pelos próprios usuários, e não necessariamente por empresas”, afirma Marcela. 

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