Energia fotovoltaica impulsiona setor de refrigeração e elétrica

O setor de energia solar trouxe mais de R$ 125,3 bilhões em investimentos ao Brasil desde 2012 e gerou 750,2 mil postos de trabalho, de acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Para 2023, a expectativa é de que a soma chegue a 1 milhão empregos, segundo declaração do presidente da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), Rodrigo Sauaia, publicada pela Exame.

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o país tem uma potência instalada de 205 gigawatts. A fonte solar fotovoltaica conquistou a marca de 23,9 gigawatts de potência operacional instalada, seguida da eólica, com 23,8 gigawatts. A matriz hídrica continua sendo a maior fonte de energia, com 109 gigawatts – 51% do total. 

O avanço da utilização de energia limpa, como a fotovoltaica, impulsiona setores como o mercado de refrigeração e elétrica, que cresceu em plena pandemia de Covid-19. O setor passou de um faturamento de R$ 32,88 bilhões em 2020 para R$ 36,35 bilhões em 2021.

João Vagner Possani Alves, diretor do SERAE Cursos Profissionalizantes – empresa que oferece cursos nas áreas de refrigeração, elétrica e máquina de lavar e secar roupas – avalia de forma positiva o atual cenário do mercado de refrigeração e elétrica no Brasil.

“Com aumentos constantes da produção de alimentos pelo agronegócio, o mercado da refrigeração (câmaras frias) vem crescendo, pois estes produtos necessitam de refrigeração para sua conservação”, afirma.

Alves destaca que, com a pandemia da Covid-19, o teletrabalho ganhou ampla aderência, o que gerou a necessidade de instalação e manutenção de equipamentos de ar-condicionado nas residências, em ambientes que antes não haviam tanta necessidade de climatização e que se transformaram em escritórios.

Segundo um balanço do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mais de 20,4 milhões de profissionais brasileiros estão em ocupações que podem ser realizadas trabalhando de casa – cerca de 24,1% do total dos trabalhadores do Brasil.

“Com estas duas situações, a necessidade de mão de obra especializada para atender esta demanda cresceu, o que levou, inclusive, profissionais de outras áreas a mudarem para o ramo de refrigeração e climatização – investindo em cursos profissionalizantes, por exemplo”, afirma.

Segundo um levantamento compartilhado pelo jornal Tribuna do Norte, a cada dez estudantes de cursos profissionalizantes no Brasil, sete estão empregados e conseguiram aumento de, em média, 22% na renda por conta da qualificação. “Além disso, houve um acréscimo no consumo de energia elétrica”, complementa.

Leonardo Roque Alves, diretor do SERAE Cursos Profissionalizantes, afirma que a geração de energia elétrica através do sistema fotovoltaico tornou-se, nos últimos anos, uma forma de se obter energia elétrica renovável a preço baixo, pois os custos de instalação diminuíram.

“No total de instalações, cerca de 72,6% são em residências para suprir o aumento do consumo devido ao home office. Com isso, a demanda por mão de obra especializada para este segmento aumentou muito”, diz ele.

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