Cadastro Positivo faz três anos comprovando potencial de inclusão financeira

Em vigência no modelo de adesão automática desde 9 de julho de 2019, o Cadastro Positivo completa três anos comprovando os benefícios previstos em sua implementação, principalmente em relação à democratização do crédito e inclusão financeira dos brasileiros.  

De acordo com dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), entidade que reúne os birôs de crédito gestores do banco de dados do Cadastro Positivo (Boa Vista, Quod, Serasa, SPC e TransUnion), mais de 140 milhões de cadastros de pessoas físicas e jurídicas integram o banco de dados atualmente. Esse dado equivale a 79% da população brasileira. São Paulo (75%), Rio de Janeiro (72%) e Distrito Federal (71%) encabeçam a lista dos estados com maior participação na base de informações. 

A implantação do Cadastro Positivo ocorre em etapas. As duas etapas iniciais e já concluídas se referem ao recebimento de dados dos clientes das instituições financeiras e das operadoras de telecomunicações. As próximas etapas, já iniciadas, referem-se ao envio de dados pelas concessionárias de energia elétrica, de saneamento e de gás encanado. 

Um dos indicadores de democratização do acesso ao crédito com o Cadastro Positivo foi a inclusão de mais de 12,5 milhões de consumidores e empresas na base de dados, a partir do recebimento de informações do setor de telecomunicações. Segundo Elias Sfeir, presidente da associação, esse resultado revela que estas 12,5 mi de pessoas físicas e jurídicas, que não constavam na base de dados inicial e, portanto, estavam “invisíveis” ao sistema de crédito, foram incluídas financeiramente.

Dados do relatório do Banco Central com análise dos resultados de dois anos de operação do Cadastro Positivo apontaram para o aumento ou manutenção da nota de crédito de 74% das pessoas físicas e 80% para pessoas jurídicas, além de reduzir em 10,4% a taxa de juros cobrada no crédito pessoal (excluindo consignado), proporcionando acesso e melhores condições de crédito.

Outro exemplo dos efeitos do Cadastro Positivo foi o resultado alcançado em 2020 pela Midway, empresa financeira do Grupo Guararapes, que, a partir da nova base de dados, conseguiu ampliar em 10% a concessão de crédito, o que correspondeu a 120 mil novos cartões da Riachuelo (varejista que deu origem ao grupo) emitidos em um ano, sem o aumento do risco da operação.

“O Cadastro Positivo, pelos benefícios até o momento identificados, se consolidou como um direito do consumidor, e o setor de birôs de crédito está muito satisfeito com os resultados que geram bem-estar social à população. O Cadastro Positivo permite a análise de risco na concessão de crédito de acordo com o perfil individual e agora considera também informações positivas no cálculo da nota de crédito, trazendo uma visão mais completa e justa de pessoas físicas e jurídicas”, afirma Sfeir. 

“Temos acompanhado o empoderamento do tomador de crédito que, diante de condições mais justas, pode obter recursos financeiros dentro de sua capacidade de pagamento, diminuindo o risco de inadimplência, o que impacta positivamente a economia como um todo. Além disso, ao estimular a expansão do crédito, o Cadastro Positivo aumenta a competição no mercado e pode reduzir a taxa de juros praticada nas operações de crédito”, analisa o executivo, que projeta mais benefícios socioeconômicos a partir da entrada dos setores de saneamento e gás encanado no banco de dados, o que deve ocorrer em breve.  

Para comemorar a data e demonstrar outros resultados do Cadastro Positivo a ANBC promoverá um evento no próximo dia 3 de agosto, em Brasília.