A complexidade e o volume dos dados, e suas fontes, não são mais um impedimento para compreendê-los
Atravessar a cidade para chegar ao aeroporto e esperar para embarcar em um avião pode parecer uma atividade cotidiana. No entanto, é incomum pensar em tudo o que está por trás de uma atividade diária, como o transporte.
Os horários, o tráfego aéreo, a bagagem, o clima e as pessoas que usam seus dispositivos para se comunicarem ou se manterem informados nos fornecem grandes volumes de dados que podem ser coletados, organizados e analisados para serem usados como base para tomar decisões. Segundo o Gartner, 2,2 milhões de terabytes de novos dados são criados todos os dias e a previsão é que até 2020 haja um total de 40 trilhões de gigabytes de dados no mundo.
O acesso aos dispositivos é essencial para que os dados, gerados por meio de conversas em redes sociais, preferências de compras ou lugares visitados, adquiram uma estrutura e possam ser formadas bases de dados com as quais é possível obter informações em tempo real, algo que sem a digitalização era muito lento e caro.
Os novos elementos da vida digital democratizam os dados. Atualmente, existem enormes quantidades de dados e, com as novas ferramentas tecnológicas, as empresas podem fazer correlações, estabelecer padrões e considerar probabilidades devido às capacidades analíticas de ferramentas e ao uso de inteligência artificial ou aprendizagem de máquina (machine learning).
Por exemplo, voltando ao campo do transporte aéreo, falamos de uma atividade na qual muitos dados são gerados, e não é só isso, observa-se que são modificados rapidamente. Com esse dinamismo, é necessário ter ferramentas que compilem, ordenem, observem, acompanhem e ajudem a visualizar os dados, para depois encontrar correlações por meio de novas tecnologias, como a inteligência artificial que nos informa os lugares preferidos das pessoas e os objetos que costumam transportar.
O fato é que o poder dos dados deve ser considerado essencial para qualquer setor, porque com eles, apesar da qualidade inicial abstrata, são obtidos resultados que geram valor, algo que resulta no desenvolvimento e no crescimento econômico. O setor de varejo é um claro reflexo disso: todos os dias, os produtos são produzidos e exigidos, as pessoas procuram produtos on-line, seja em redes sociais ou em sites de comércio eletrônico, e deixam um traço de suas preferências. Os varejistas e os fabricantes rastreiam essa informação – respeitando a privacidade dos compradores – para sua análise e tomam decisões sobre fornecimento, distribuição, exibição, promoção e publicidade.
A complexidade e o volume dos dados, e suas fontes, não são mais um impedimento para compreendê-los. A computação em nuvem, a inteligência artificial, a aprendizagem de máquina e os dispositivos de internet das coisas (IoT) são facilitadores para um agricultor, por exemplo, saber qual o tipo de fertilizante mais adequado ao capturar imagens com drones e depois analisá-las. Enquanto isso, são evitadas falhas nos poços de petróleo e, em uma fábrica, é decidido o processo mais adequado para gerar lucros e oferecer produtos de qualidade aos clientes.
Essa nova capacidade de lidar e entender os dados é a base e a força motora da transformação digital, porque são estabelecidos modelos de negócios que significam eficiência e benefício para as empresas, o que, consequentemente, impulsiona economicamente indústrias e nações inteiras.
Post originalmente publicado neste link:
https://www.datainnovation.com.br/2018/2018/01/31/dados-o-fundamento-da-transformacao-digital/
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