Mercado Imobiliário brasileiro oferece soluções no Metaverso

Cada vez mais utilizado em diferentes segmentos profissionais, os ambientes virtuais imersivos multiusuários são uma tendência em rápida expansão. Segundo relatório divulgado este ano pelo Citibank, a projeção é que o Metaverso chegue ao ano de 2030 valendo impressionantes US$ 13 trilhões, expectativa esta que reflete as inúmeras oportunidades de negócio que serão geradas com a evolução das tecnologias que suportam o novo conceito.

O investimento em novas tecnologias de Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR) e Interatividade 3D Online são corroborados pelas expectativas de uso dos potenciais usuários com o Metaverso. Uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial norte-americana, evidencia que o principal objetivo de consumidores entre 13 e 70 anos nos EUA com o uso do Metaverso é para compras.

Tais tecnologias já estão disponíveis no Brasil, país que possui um forte cenário de inovação, especialmente entre startups. O número de empresas que trabalham com tecnologias interativas e recursos ligados a ela já passa de 130. Carolina Dalmolin, líder do time de Parcerias Estratégicas da Meta na América Latina, enxerga o Metaverso como “a maior oportunidade de negócios desde a criação da Internet”.

O Mercado Imobiliário também se encontra ativo no processo de integrar tecnologias imersivas em suas atividades cotidianas. Uma delas é o uso de réplicas digitais de imóveis em anúncios online. A ideia é aproximar compradores e vendedores por meio da possibilidade de experimentação imersiva na qual é possível reproduzir e visualizar propriedades virtualmente. Essa prática já ocorre tanto para imóveis existentes como para aqueles que serão construídos um dia, os chamados lançamentos imobiliários.

Segundo Francisco Toledo, CEO da iTeleport e coordenador de Realidade Virtual no SECOVI-SP, o segmento encontra-se hoje em fase de redefinição de suas estratégias comerciais, buscando adaptar-se à crescente demanda dos clientes por informação digital de qualidade sobre os novos empreendimentos. “As tecnologias de Metaverso são uma resposta a esta demanda, pois já permitem visitar virtualmente as unidades, as áreas de lazer, o entorno, além de permitir simular condições de iluminação ao longo do ano e comparar opções de design de interiores”.

Apoiando a disseminação dessas novas tecnologias, o SECOVI-SP produziu um guia para os profissionais do setor imobiliário, com explicações sobre as vertentes de tecnologias imersivas, casos de uso bem-sucedidos, uma indexação de empresas atuantes neste segmento e um capítulo que convida os leitores ao Metaverso.

Francisco Toledo explica que os ambientes virtuais imersivos já estão em prática no Brasil, sendo possível que corretores, arquitetos e familiares que participam da jornada de compra, venda e reforma de imóveis cooperem de maneira mais eficiente, ainda que distantes fisicamente entre si e do próprio imóvel. “O caso de uso do Metaverso para o Mercado Imobiliário é brilhante e já abriu caminho para o que podemos chamar de Telecorretagem e Telearquitetura.”