As inovações na saúde, que englobam desde prontuários eletrônicos até inteligência artificial (IA) e dispositivos wearables, trouxeram grandes melhorias à eficiência dos cuidados médicos.
Por exemplo, dois estudos citados por um artigo do Annals of Internal Medicine, feitos com a entrada de medicações computadorizada mostraram reduções significativas em reações adversas a medicamentos, e um terceiro estudo mostrou uma grande diminuição em erros de medicação.
Mas além de ampliar as possibilidades de tratamento, diagnóstico e prevenção de doenças, o cenário atual está estabelecendo uma nova dinâmica, onde a informação e o acesso à saúde se tornam mais democráticos e personalizados.
Isso acontece pois a integração da tecnologia na saúde permite que os pacientes tenham um maior controle sobre o próprio bem-estar. Em uma pesquisa do Journal of General Internal Medicine, 3 estudos (38%) relataram satisfações amplamente positivas com a comunicação e a relação médico-paciente como resultado do uso de um software de registros eletrônicos (EMR).
Nesse sentido, além dos softwares EMR, aplicativos de saúde e dispositivos vestíveis fornecem dados em tempo real sobre diversos aspectos da saúde do usuário, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de atividade física.
Essas informações, quando compartilhadas com profissionais da saúde, permitem um acompanhamento mais detalhado e personalizado do paciente, além de facilitar diagnósticos mais precisos e rápidos, como relata um artigo da JMIR Mhealth and Uhealth.
O prontuário eletrônico é outro exemplo de como a tecnologia está fortalecendo a relação médico-paciente. Para Richard Rivière, co-fundador e CEO da empresa Versatilis System, esses sistemas otimizam a gestão de informações de saúde, e ajudam a promover uma comunicação mais eficaz entre diferentes especialistas.
Dessa forma, corroborando o que diz um artigo do Research, Society and Development, essas funcionalidades possibilitam que o histórico médico seja acessível e atualizado, levando a um tratamento mais coordenado, com a redução de erros médicos.
A telemedicina também se tornou um componente crucial na nova relação médico-paciente. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital em um artigo divulgado pela UFMG, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de consultas foram realizadas por telemedicina.
De acordo com Richard, a telemedicina elimina barreiras físicas, assegurando a continuidade do cuidado em tempos de crise, além de democratizar o acesso à saúde, possibilitando que pacientes em regiões remotas consultem especialistas sem a necessidade de viagens dispendiosas.
Ainda assim, a transição para uma saúde tecnológica traz desafios, principalmente relacionados à segurança da informação. “A adoção de tecnologia requer uma infraestrutura de segurança, assim como políticas de privacidade para proteger os dados sensíveis, por isso a importância de contar com um bom sistema médico“, completa Richard.
Em suma, para muitos especialistas, a tecnologia na saúde está redefinindo o próprio conceito de cuidado médico, pavimentando o caminho para uma saúde mais acessível, preventiva e centrada no paciente.
No entanto, a expectativa para que essa transformação alcance seu potencial máximo, é que seus desafios, especialmente os relacionados à segurança da informação, sejam adequadamente gerenciados.
Para mais informações, basta acessar: https://www.versatilis.com.br/.