Com agradecimentos a Juciana Rodrigues e Ricardo Galiardi
As empresas podem obter muitos benefícios ao melhorar a maneira como governam e gerenciam seus dados, incluindo uma melhor tomada de decisão. No entanto, devido à maneira como a governança de dados é implementada estes benefícios demoram a surgir.
Nicola Askham menciona 9 maiores equívocos que as empresas cometem nas iniciativas de governança de dados:
Equívoco 1 – A iniciativa é liderada por TI
As empresas geralmente deixam a TI como orquestradores da governança de dados porque confundem a infraestrutura com os dados. A decisão pode parecer lógica, mas está mais propensa a problemas. A verdadeira governança de dados só acontecerá realmente depois que a empresa se apropriar dos dados, e um projeto liderado por TI torna isso mais difícil.
As iniciativas lideradas por TI são focadas em ferramentas, porém se os dados não forem qualificados de acordo com as necessidades do negócio, desde sua criação não haverá melhorias significativas. E também, elaborar políticas e procedimentos de gestão de dados visando as necessidades do negócio.
Nota da Tradutora: as iniciativas em governança de dados terão maior sucesso e aderência se partir da área de negócios, que de fato é dona do dado e tem necessidades especificas em falam a mesma língua que as demais áreas, como finanças, marketing, etc.
TI neste caso é uma parceira que cuidará da infraestrutura e atenderá as demandas.
Equívoco 2 – Não entender a maturidade da organização
Às vezes, uma organização simplesmente não está pronta para implementar governança de dados. Até que haja um amadurecimento, é muito comum que uma iniciativa de governança de dados em grande escala falhe porque a comunicação e a cultura voltada para dados não estão inseridas no cotidiano das áreas.
Nota da Tradutora: começar a conversar com as áreas sobre a necessidade de maior qualidade e controle dos dados, e a importância de bons dados para tomada de decisão fará com que haja um maior interesse no gerenciamento dos dados e podem ser o início de uma iniciativa.
Equívoco 3 – Governança de dados como um projeto
Governança e gerenciamento de dados deve ser tratado como um programa continuo não como projeto.
Programa porque é um compromisso de longo prazo e para que ocorra é essencial obter o envolvimento das partes interessadas e ter clareza do desafio de mudar atitudes, comportamentos e até a cultura em relação ao gerenciamento de dados.
Governança e gerenciamento de dados deve ser tratado como um programa continuo não como projeto.
Programa porque é um compromisso de longo prazo e para que ocorra é essencial obter o envolvimento das partes interessadas e ter clareza do desafio de mudar atitudes, comportamentos e até a cultura em relação ao gerenciamento de dados.
Equívoco 4 – Falta de alinhamento estratégico com as áreas de negócios.
Conseguir o envolvimento e apoio das principais partes interessadas na governança de dados como um apoio no alcance dos seus objetivos estratégicos, deixando claro os benefícios a médio e longo prazo.
Os objetivos estratégicos corporativos orientarão o gerenciamento diário dos negócios e a governança de dados os ajudará atingir as metas, caso contrário os stakeholders podem não aderir a governança por considerarem uma perda de tempo e de recursos.
Equívoco 5 – Não entender o contexto dos dados
Você precisa ter um entendimento geral do contexto de como a organização mantém e gerencia dados. Não precisa ser precisa ser excessivamente detalhado e, conforme conhecer melhor a realidade da empresa será mais assertiva no controle dos dados e na detecção das causas dos problemas dos dados.
Usar modelos de dados conceituais, como forma de documentar seu cenário de dados e para comunicar as iniciativas de governança de dados.
Nota da Tradutora: existem recursos para compreender o contexto dos dados a empresa desde softwares específicos a uma planilha em Excel.
Equívoco 6 – Falha ao integrar o framework
A menos que integre efetivamente sua estrutura de governança de dados à sua organização, os benefícios serão de curta duração, (do mesmo modo que foi citado no equivoco 3 quando trata a governança como projeto).
Se a estrutura de governança de dados não se tornar parte integrante da cultura e dos negócios, os problemas voltarão ao estado que eram antes.
Funções e responsabilidades são uma parte essencial da sua estrutura de governança de dados. e certifique-se de documentar seus processos e fornecer instruções adequadas e ter uma pessoa responsável pela governança ou talvez até uma equipe inteira.
Nota da Tradutora: delegar responsabilidades, ter o proprietário dos dados acompanhando seu ciclo de vida são bons meios de envolver as equipes na adoção do framework de governança.
Equívoco 7 – Abordagem do big bang
A abordagem do big bang é aquela que começa grande e muda drasticamente os processos, se tentar uma grande iniciativa para implementar tudo de uma vez na estrutura de governança de dados, haverá resistências e pouca aderência do colaborador. Dificilmente haverá comprometimento a longo prazo.
Como enfatiza a autora: Como você se sentiria se tudo relacionado ao seu trabalho mudasse enormemente de uma só vez? Confie em mim, não é uma sensação boa e é muito estressante.
O foco da governança de dados é ajudar sua organização a alcançar seus objetivos estratégicos para isso desenvolva uma metodologia simples e com fases alinhadas com a organização.
Equívoco 8 – Iniciativas somente para conformidade
Se a organização irá implementar a governança de dados somente para exigência regulamentar, normalmente, é muito tentador para as organizações atender somente o mínimo necessário da legislação. É um grande erro, pois, a longo prazo, essas organizações teriam maiores benefícios se implementassem adequadamente a governança de dados, como economia, agilidade e gerenciamento pleno dos dados.
Nesta abordagem a governança de dados normalmente é imposta como tarefas que precisam ser realizadas com punições se não concluídas, tornando maçante e o colaborador não veem nenhum benefício real em seu trabalho cotidiano.
Equivoco 9 – Pensar que uma ferramenta é a resposta
Existem algumas ferramentas disponíveis que podem ser facilitadores fantásticos que ajudam você a implementar, gerenciar e dar suporte à governança de dados para que ela se torne parte integrante dos negócios. No entanto, são parte da governança de dados, que é composta por processos e de pessoas.
Para tirar o máximo proveito de uma ferramenta, elabore sua estrutura de governança de dados e, considere se sua organização está madura o suficiente.
Nota da Tradutora: antes de adotar uma ferramenta, crie processos e procedimentos para agregar qualidade e segurança aos dados e, conforme for evoluindo haverá maior entendimento e maturidade para considerar a implantação da governança.
*Este artigo foi traduzido de The 9 mistakes that cause data governance initiatives to fail de autoria de Nicola Askham publicado em 22 de outubro de 2015. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/9-mistakes-cause-data-governance-initiatives-fail-nicola-askham/ Reuni também as recomendações do report de mesmo nome e autoria disponível em: http://bit.ly/dgmistakes
Nicola Askham é Data Governance expert, com 16 anos de experiência em consultoria para governança de dados em várias empresas em setores como Seguros, Bancos, Serviços Públicos, Mídia, Defesa, Varejo e Tecnologia. Realiza cursos de treinamento em governança de dados sendo diretora e membro do comitê da DAMA UK e participa do Painel de Especialistas da Dataqualitypro.com. Site: https://www.nicolaaskham.com/
Fonte da imagem https://www.nicolaaskham.com/
Seja o primeiro a comentar