O nível de disparidade de gênero na América Latina baixou ligeiramente em 2018, tendo a terceira região do mundo de maior igualdade de gênero reduzido e alcançando o índice de disparidade em 71%, segundo o Relatório sobre Disparidade de Gênero do Fórum Econômico Mundial publicado nesta quinta-feira, 20. Porém, quando fatiado, se analisam que as oportunidades geradas pela inteligência artificial mantem as diferenças entre gêneros de forma preocupantes.
Novas análises feitas em colaboração com LinkedIn apontam uma flagrante disparidade de gênero que vem desenvolvendo-se entre os profissionais de IA, onde as mulheres representam apenas 22% da força de trabalho. Esta disparidade é três vezes maior do que nos bancos de talento de outras áreas de atividade.
Os dados também sugerem que, além de serem superadas numericamente na proporção de 3 para 1, as mulheres que trabalham com IA têm probabilidades menores de ocuparem cargos importantes ou de figurarem em cargos mais altos na área de IA.
Os dados do LinkedIn também indicam que as mulheres com capacidades na IA têm maior probabilidade de serem contratadas como analistas de dados, pesquisadoras, gestoras de informação e professoras, ao passo que os homens têm maiores chances de serem empregados como engenheiros de software, chefes de engenharia, chefes de TI e presidentes executivos – cargos mais lucrativos e importantes.
Dada a profundidade da disparidade de gênero na IA, há uma clara necessidade de medidas proativas para impedir uma ampliação dessa disparidade nos ramos de atividade em que as habilidades de IA têm demanda crescente. Entre elas, temos os ramos tradicionalmente dominados por homens, como fabricação, hardware e networking, bem como software e serviços informáticos, e também os setores tradicionalmente femininos.
Link Original: http://tiinside.com.br/tiinside/20/12/2018/pesquisa-sugere-que-inteligencia-artificial-aumenta-a-diferenca-entre-generos-no-mercado-de-trabalho/
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