Os especialistas da unidade técnica de laminação de bobina de aço da ArcelorMittal Brasil sempre tiveram grande necessidade de cruzamento de informações provenientes dos diversos sistemas de controle da linha, do nível de instrumentação/automação até o de controle de processo. Eram horas e horas dedicadas a preparação de relatórios de diferentes bases de dados para então dar início a estudos de melhorias de processo. Os resultados desses relatórios eram reunidos em planilhas estanques e individuais, que não se relacionavam.
“O processo de laminação gera um número grande de informações a serem analisadas”, descreve Fernando Almeida, gerente de Tecnologia da Informação da siderúrgica. Almeida conta que as planilhas geradas pelos especialistas do setor continham milhares de linhas, e que elas ocasionalmente corrompiam, dado o grande volume de dados reunidos. Era preciso ainda encarar a baixa confiabilidade das análises geradas e o excesso de tempo dispendido para chegar a elas.
A solução encontrada pela unidade brasileira da ArcelorMittal foi utilizar a inteligência analítica para reunir numa única base todas as informações geradas pela laminação. A plataforma Qlik de Business Intelligence (BI), tecnologia escolhida pela empresa para fazer o controle desse processo, conseguiu eliminar um gasto de 60 horas com especialistas, que preparavam uma base pouco confiável e que não era robusta o suficiente. “Hoje os especialistas chegam pela manhã e já têm prontos os relatórios para suas análises”, descreve o gerente de TI. A ferramenta foi implementada pela Toccato, Master Reseller da Qlik com maior carteira de clientes no Brasil.
Com o sucesso alcançado na unidade de laminação, o projeto de BI foi estendido para a metalurgia, onde o desafio é outro: manter a qualidade da linha de produtos. Almeida explica que uma siderúrgica produz diferentes tipos de aço, para fins específicos: indústria automotiva, linha branca(eletrodomésticos), equipamentos agrícolas, tubulação, etc. Cada aço desse tem uma especificação particular. O BI ajuda a garantir que a especificação de cada tipo de aço seja seguida à risca, estabelecendo assim o diferencial dos seus produtos no mercado.
Novos Projetos
E os desafios ao BI não param de crescer dentro da siderúrgica. Até o final de 2018 serão entregues dois novos projetos. Um deles vai atender a área da Aciaria, onde se o produz o aço líquido, base para todos os produtos da companhia.
O segundo projeto, que também entra em execução até o final do ano, está ligado à área de segurança do trabalho. A rotina profissional de uma siderúrgica apresenta o maior nível de risco estabelecido pela legislação brasileira para a saúde e segurança do trabalhador. É preciso especial atenção a este tema. Na empresa, o BI vai servir para identificar cenários com possibilidade de riscos de acidentes dentro do local de trabalho, sem personalizar a informação, mas traçando um cenário geral. “Esse será um painel preditivo, para eliminar afastamentos de empregados causados por qualquer ocorrência de acidentes, nos auxiliando no atingimento da meta de zero acidentes com perda de tempo (CPT)”, antecipa Almeida.
Ao se valer da tecnologia do BI, a ArcelorMittal ganhou agilidade e precisão em seu processo produtivo, e ainda encontrou uma forma de proteger a saúde e bem-estar de seus trabalhadores. Não é à toa que a empresa se mantém no topo da lista das companhias siderúrgicas nacionais.
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